Aqui jaz a menina dos cabelos azuis. Imóvel para a eternidade, tranqüila como o último suspiro. Nem brisa, nem tempestade. Nenhum pensamento voltou a se deslocar. Nenhum sentimento permitiu emergir. Aos poucos, ela e o mundo tornaram-se um só. A mesma consciência que abraçou para deixar de existir. Seu corpo confundiu-se com a fumaça que impedia ver, e tornou-se menos densa nos dias futuros que não viu chegar.
Desapareceu entre as gargalhadas sem rosto, os olhares sem aprovação impediram de ser quem era. Desmaio. Asfixia. Foi um sepultamento sem lágrimas no bosque do esquecimento.
Restou menos que uma lembrança. Um fiapo de luz, uma quase-esperança. Talvez não estivesse morta, era viva em essência e assim viveria para sempre. Era imortal em sua inocência.
Desapareceu entre as gargalhadas sem rosto, os olhares sem aprovação impediram de ser quem era. Desmaio. Asfixia. Foi um sepultamento sem lágrimas no bosque do esquecimento.
Restou menos que uma lembrança. Um fiapo de luz, uma quase-esperança. Talvez não estivesse morta, era viva em essência e assim viveria para sempre. Era imortal em sua inocência.