sábado, 3 de maio de 2008

As horas dançam em minha frente em espirais de fumaça. Tento encontrar em suas voltas uma razão qualquer para mim e meus botões, mas o minuto se perde. E é apenas o som dos meus passos ecoando na rua vazia, assusto-me antes de perceber.
A verdade é que tudo é como sempre foi, mesmo com os quadros novos que pinto em minha mente. É o mesmo desenho em novas cores, tons pastéis. A falta do mundo, a vontade gigante de tocar o intangível. Sou fragmentos, idéias desconexas, um emaranhado de pontas soltas. E falo de muitos, de tudo, do nada e de ninguém, é assim que falo de mim. Um turbilhão de imagens e incompletudes e clichês remodelados. Mais adjetivos que verbos, sempre.
Na falta da lógica clara, é onde as coisas se misturam e se encaixam. Na inconclusão, deixo registrado que vivo: de dentro pra fora.

3 comentários:

Fanteste disse...
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Flávio Morais (flavioapu) disse...

Achei interessante fazer uma ligação entre o minuto (tempo) e os quadros da sua mente. O relógio gira sempre da mesma forma, o que muda é o dia.

Apesar de lunático, gosto de lógica, mas meus sentimentos não são inalcançáveis, talvez eu tenha entendido o que a falta da lógica quer dizer e viver de dentro fora.

Viajei um tiquim, mas eu gostei destas palavras.

Beijos.
Adoro-te

Anônimo disse...

Um turbilhão de imagens e incompletudes e clichês remodelados. Mais adjetivos que verbos, sempre.

Isso foi incrível naty...adorei sabe e é muito assim que as coisas são em momentos que pensamos mto esuqecemos de agir...o verbo para de acontecer...foi lindooooo!!