Perdi outra conversa esta manhã, outras palavras que de não-ditas saíram de meus ouvidos e se foram. Nunca mais as terei de volta. Mais tarde vão me perguntar por elas e eu, com um sorriso amarelo, serei obrigada a admitir que as esqueci em algum lugar. Parece descaso, desleixo. As coisas sempre parecem ser. E que pareça estranho, mas é puro interesse. Tão grande que esqueço até de ouvir o que estão dizendo depois da terceira palavra. É o problema de viver meio sonhando.
Quero saber o que você sente, porque é assim, quem espreita por trás do buraco da fechadura. Da sua história, porque você está aqui, o que te faz rir ou chorar, seus medos e sonhos. Quero ir até o fundo, além da nota das provas, do calor ou frio, da notícia do jornal de ontem. Brinco de te adivinhar enquanto fala comigo. É interesse, assim, gratuito. É a crença de que ninguém é só o reduzido. Os personagens vários, todos tão vivos, universos particulares que encantam. Mas é imaginação, claro, mundos que crio a partir do que vejo, e talvez não digam nada. Para chegar um pouquinho mais perto basta você deixar, que tudo vem sem querer, meio profuso...
Quero saber o que você sente, porque é assim, quem espreita por trás do buraco da fechadura. Da sua história, porque você está aqui, o que te faz rir ou chorar, seus medos e sonhos. Quero ir até o fundo, além da nota das provas, do calor ou frio, da notícia do jornal de ontem. Brinco de te adivinhar enquanto fala comigo. É interesse, assim, gratuito. É a crença de que ninguém é só o reduzido. Os personagens vários, todos tão vivos, universos particulares que encantam. Mas é imaginação, claro, mundos que crio a partir do que vejo, e talvez não digam nada. Para chegar um pouquinho mais perto basta você deixar, que tudo vem sem querer, meio profuso...
“Quando você olha bem de perto, as pessoas são tão estranhas e tão complicadas a tal ponto que se tornam belas. Possivelmente até eu.” (Angela, em My So-Called Life)
2 comentários:
Acho que as palavras que você perde em algum lugar podem ser recuperadas através de uma meditação ou algo parecido. Acho que já disse isso uma vez aqui, mas de qualquer forma digo novamente. Por mais lógico que pareça, mas eu que desenvolvi isso pra mim (digo pra mim porque alguém pode ter criado antes, mas primeira vez que percebi foi por conta própria). Para encontrar as respostas deve-se fazer perguntas e silêncio para ouví-las, principalmente na natureza.
Sobre o segundo parágrafo achei um pouco desconexo do primeiro, parece ser algo indiretamente direto para alguém. Agora que li, noto que nas vezes que conversamos você parece mesmo brincar de advinhar enquanto ouve.
Como é o seu mundo?
Beijos
na verdade, não são indiretamente diretas pra ninguém, não. Eu acho...
Postar um comentário