quarta-feira, 26 de novembro de 2008

The Science of Sleep

E tudo muda em um segundo. Só quem sabe o valor da efemeridade do tempo pode compreender. É um presente da vida, em suas espirais, que os sonhos sejam infinitos e, ao mesmo tempo, feitos de fumaça. Mudam as cores, mudam as formas.
A dor do agora existe, ainda que não hajam cicatrizes. Ela é a mesma do ontem, e vai estar comigo amanhã. Foi ela que me ensinou a ser feliz. Paradoxo? Esses caminhos não são lineares. Talvez haja também a desilusão: um futuro que se dissolve, uma linha que não cruzo, uma vida que não alcanço, um medo de ter jogado fora a plenitude que tive uma vez. Desilusão por estar há milhas de quem eu gostaria de ser. sou a única causa delas. Talvez existam em mim mais conflitos e confusões do que eu permito expor. Atravessam percepções.
Mas a felicidade vem aos montinhos, enquanto você espera pelo ônibus lendo as páginas douradas de um livro que você não sabe se quer devorar ou ler devagarinho para ele não acabar. Não depende de um mundo ou pessoas - por mais importantes que sejam. Ela mora em mim.
E faz tempo que mudei meus passos, foram muitas noites desde a última vez.

3 comentários:

Flávio Morais (flavioapu) disse...

De as suas escritas que eu li, acho que esta é a mais complicada de interpretar, tem muita coisa aí. A dor que sentimos pode um ser preço a pagar para ter algo em troca. Você se considera uma pessoa feliz?

Ah... e mudar os passos não é vergonha ^^.

=**
Te adoro

sblogonoff café disse...

O mais curioso, é que nas implosões e nas reconstruções (imagine corpo e alma dissolvendo-se no tempo e no espaço)todo resultado, soma ou diferença converge para nós. Nisso somos reis, somos senhores da vida. As lições da efemeridade podem perdurar, do mesmo jeito que o gosto do sorvete continua na boca depois que o sorvete acaba.
E os passos que você resolve dar no agora eé que fazem o caminho. A escolha tem consequência instantânea, e a primeira noite da última vez já não é mais como a noite de hoje, não é.
São outras cores...

Otavio Cohen disse...

mesmo q tudo mude, a gente sabe que bem lá no fundo tudo é mto parecido: tudo parte do eterno seriado americano em q a gente se meteu nessa universidade.